domingo, 1 de junho de 2008

Aquecimento global persistirá durante séculos mesmo com redução de emissões

Ainda que se deixe de emitir totalmente dióxido de carbono para a atmosfera, a temperatura média subirá dois graus durante os próximos 50 anos devido à inércia que adquiriu o fenómeno, declararam os investigadores.

As previsões mais optimistas da comunidade científica estimam que nos próximos anos se produzirá uma redução da emissão de gases com efeito de estufa devido à consciência social e política do problema. Contudo, esta redução não será suficiente para inverter o fenómeno, já que o aquecimento global persistirá durante "vários séculos", de acordo com as conclusões dos trabalhos.

O simpósio, organizado pelo Centro Oceanográfico de Gijon, do Instituto Espanhol de Oceanografia, reuniu cerca de 450 investigadores de sessenta países, para analisar os efeitos das alterações climáticas sobre os mares. Em dez sessões temáticas, os cientistas debateram cerca de 200 comunicações orais e tiveram lugar 150 painéis de análise e reflexão sobre o problema.

O director do Centro Oceanográfico de Gijon, Luís Valdés, que leu as conclusões, alertou para a gravidade da situação e apelou a um "maior diálogo" entre a comunidade científica e os políticos par tomar medidas urgentes para combater o problema. Os peritos concluíram que carecem de uma metodologia precisa para medir a interacção dos efeitos das alterações climáticas na correlação com o mar, com o ar e com a terra.

Valdés afirmou que é necessário definir com claridade as acções que o homem pode adoptar para mitigar os efeitos das alterações climáticas. "As alterações climáticas têm uma dimensão que excedeu o regional para se converterem no global e, nesse sentido, necessitam de medidas políticas supra-nacionais", concluíram os investigadores.

Fonte:
http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=26333&op=all
Reflexão:
Aqui está uma notícia que certamente, e se todos a vissem, poria todos com a consciência pesada, principalmente os que detêm o poder político, económico e militar, pois foram eles que menos se importaram em sacrificar o meio ambiente para obter os fins que queriam. Agora, o mais certo, é que estejam a "coçar a cabeça" e, arrependidos daquilo quefizeram, procurando uma solução para aquilo que os cientistas tomam como praticamente irreversivel. Concordo com as palavras de Luis Valdés, quando diz que os politicos se deviam aconselhar na comunidade científica, isto para remediar o mal maior.

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