segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Olho de morto, data de nascimento!

A descoberta - da autoria de investigadores da Universidade de Aarhus, na Dinamarca - poderá ajudar os cientistas forenses a determinar a data de nascimento de um corpo não identificado e ter outros desenvolvimentos no campo das Ciências da Saúde.
A lente do olho é constituída por proteínas transparentes, chamadas cristalinos, ligadas de forma tão estreita e particular que se comportam como cristais, através dos quais passa a luz, permitindo a visão. Acontece que estas proteínas se formam entre a concepção e a idade de 1-2 anos, e não sofrem alterações fundamentais durante o resto da vida, e foi isso que levou os cientistas a desenvolver o novo método.
A quantidade de C-14 na atmosfera duplicou desde o final da Segunda Guerra Mundial, devido às explosões nucleares realizadas pelas grandes potências, mas desde os anos 60 tem vindo a diminuir lentamente para níveis naturais. Esta curva repentina deixou uma impressão na cadeia alimentar e consequentemente também nos cristalinos dos olhos, que absorveram o conteúdo acrescido de carbono através dos alimentos. Como os cristalinos não sofrem alterações durante a vida, eles reflectem o conteúdo de C-14 presente na atmosfera no momento em que se formam. Com base nisso, um grande acelerador nuclear da Universidade de Aahrus permite agora determinar a quantidade de C-14 numa amostra tão ínfima como um miligrama de tecido lenticular, e dessa forma calcular o ano de nascimento.
Este método foi desenvolvido pelo professor associado Niels Lynnerup, do Departamento de Ciências Forenses, juntamente como Departamento de Patologia do Olho e o Departamento de Física e Astronomia da Universidade de Arhrus, na Dinamarca. Segundo Niels Lynnerup, está técnica pode ter várias outras aplicações. "Como foi assinalado por outros investigadores, pensamos que a datação por carbono de proteínas e outras moléculas do corpo humano pode ser também usada para estudar quando certas espécies de tecido são geradas ou regeneradas" - afirmou. "Isto pode, por exemplo, ser aplicado a tecido canceroso e a células cancerosas. Calculando a quantidade de C-14 nesses tecidos poderá porventura saber-se quando se formaram os tecidos cancerosos, e isso pode ajudar a compreender melhor o cancro", concluiu.
Reflexão: Esta técnica engloba um componente conhecido de todos os que tiveram Biologia-Geologia, o C-14. Este isótopo radioactivo foi utilizado para provar que a replicação do DNA é semi-conservativa, observando a manutenção de 2 cadeias com este isótopo ao longo de sucessivas replicações. No caso da notícia, o C-14 permanece constante no cristalino do olho apartir do 2ºano da pessoa, sendo assim,e ao comparar com a quantidade de c-14 na atmosfera num determinado ano, é possivel saber quando é que uma pessoa nasceu.Na minha opinião acho que é uma grande ajuda nas investigações para os cientistas forenses. o:

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